Inteligência emocional no trabalho: o que é, importância e como desenvolver?

A Inteligência Emocional no Trabalho (IE) é uma competência comportamental (soft skill), onde o foco é a capacidade de gerir as próprias emoções, diante dos desafios do dia a dia.
Essa competência tem se tornado cada vez mais útil, principalmente no Brasil, país com a maior quantidade de pessoas com ansiedade no mundo (quase 10% da população) e segundo com mais pessoas depressivas da América Latina, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Uma pessoa com a IE bem desenvolvida consegue reconhecer as próprias emoções e das pessoas com quem convive, sem se sentir afrontado por elas.
Isso significa autoconhecimento e autocontrole, habilidades que previnem problemas de saúde mental, traumas e até mesmo doenças psicossomáticas.
Por isso, a Inteligência Emocional no trabalho tem sido uma habilidade profissional cada vez mais requisitada. Então, vamos ver mais a fundo como desenvolver a inteligência emocional no ambiente de trabalho?
Entenda o que é Inteligência emocional e confira dicas: para colaboradores e RHs!
Sou Rodrigo Roncaglio, CEO do Guia da Alma – a maior plataforma de Terapias Holísticas do Brasil para melhorar a saúde mental nas empresas.
Índice [Fechar]
- O que é a inteligência emocional no trabalho?
- Os 5 pilares da Inteligência Emocional
- Qual a importância da inteligência emocional no trabalho?
- Os benefícios da inteligência emocional no trabalho
- Como aplicar a inteligência emocional no trabalho? 3 dicas para colaboradores!
- Como promover o desenvolvimento da inteligência emocional nas empresas? 4 dicas para RHs!
O que é a inteligência emocional no trabalho?

Foto: Los Muertos Crew – Pexels
No trabalho, a IE torna-se ainda mais imprescindível, pois, para ter um ambiente equilibrado e sem conflitos negativos, é preciso uma equipe formada por pessoas que saibam administrar as suas emoções e possuam empatia pelas emoções de seus colegas.
Hoje em dia, além de ter conhecimentos lapidados na área em que se trabalha, é também importante conseguir gerir as próprias emoções, individualmente e em grupo, para que haja sucesso.
O sucesso profissional através de uma boa gestão de inteligência emocional corrobora em produtividade e proatividade, gerando alcance de metas e boa convivência em equipe, tornando o ambiente laboral agradável e sem atritos.
A busca por Inteligência Emocional pode partir individualmente de cada colaborador (através do autoconhecimento e terapia, por exemplo). E a empresa também pode estimular isso através de programas de saúde mental e emocional.
Líderes e gestores de empresas, devem ser responsáveis por incentivar a IE e potencializar essa competência em seus colaboradores, para que, assim, haja uma comunicação ativa entre todos, onde as relações profissionais não possam ser abaladas pelos sentimentos e relações interpessoais.
Os 5 pilares da Inteligência Emocional

Foto: Cookie Studio – Freepik
Daniel Goleman, psicólogo e jornalista, foi um dos primeiros a popularizar o termo inteligência emocional, ao lançar o seu livro “Inteligência Emocional”, em 1995.
Segundo o autor, o desenvolvimento da IE baseia-se em cinco pilares, sendo eles:
1. Autoconhecimento emocional
Para ter um autocontrole e conseguir desenvolver as próprias emoções sem ser controlado pelas mesmas, o autoconhecimento torna-se primordial.
2. Controle emocional
O controle emocional diz respeito à capacidade de conseguir lidar e gerenciar as próprias emoções, adequando-as às situações experienciadas.
3. Automotivação
Dentro do ambiente de trabalho, para se alcançar metas e tornar-se produtivo é preciso o desenvolvimento da automotivação, fomentando uma disciplina para alcançar os objetivos e metas desejadas.
4. Reconhecimento das emoções em outras pessoas
Aqui a empatia torna-se primordial.
É preciso desenvolver a capacidade de identificar e reconhecer as emoções das outras pessoas e ter cuidado e empatia na forma de tratamento com as mesmas. Podemos aprender muito na convivência com outras pessoas.
5. Relacionamentos interpessoais
É fundamental, portanto, que as pessoas, dentro e fora do ambiente de trabalho, possam desenvolver a IE para que haja uma convivência harmônica com as pessoas em seus relacionamentos interpessoais.
Isso significa uma comunicação assertiva, respeitosa e um diálogo onde os sentimentos sejam reconhecidos e compreendidos.
Qual a importância da inteligência emocional no trabalho?

Foto: Look Studio – Freepik
Ainda segundo o autor Daniel Goleman, a IE bem desenvolvida é o principal fator de sucesso das pessoas, principalmente no ambiente de trabalho, onde as situações vividas demandam resiliência e habilidade no trato com o outro, para que não haja conflitos maiores.
Até porque, o Brasil segue dominando o ranking com trabalhadores mais ansiosos e depressivos.
Segundo uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR), o Brasil ocupa o segundo lugar em um ranking com oito países com a maior quantidade de trabalhadores diagnosticados com a Síndrome de Burnout CID – 11: a nova doença do trabalho.
O estresse e a ansiedade podem ser intensificados se, dentro de uma equipe sem a IE desenvolvida, as pessoas não sabem identificar o que sentem e nem consigam desenvolver a empatia sobre os sentimentos de seus colegas.
Sendo assim, os problemas tendem a tomar grandes proporções. Dessa forma, têm-se uma equipe com muitos conflitos, o que gera problemas e prejuízos no clima organizacional.
Os benefícios da inteligência emocional no trabalho

Foto: yanalya – Freepik
Uma pessoa com a IE desenvolvida consegue ter mais:
- Foco;
- Autoconhecimento;
- Responder bem a situações de conflito;
- Ser um bom líder;
- Ter boa comunicação.
Essas vantagens individuais proporcionam benefícios gerais para a empresa e para equipe, como:
- Aumento da qualidade de vida no trabalho;
- Aumento da produtividade e proatividade na entrega de resultados;
- Melhores relações interpessoais;
- Ansiedade e estresse no trabalho reduzidos;
- Maior responsabilidade e crescimento na empresa;
- E muito mais!
Como aplicar a inteligência emocional no trabalho? 3 dicas para colaboradores!

Foto: Freepik
Vejamos dicas de como o colaborador pode desenvolver a inteligência emocional!
1. Autoconhecimento
Muito se fala do autoconhecimento para garantir o desenvolvimento da IE.
Isso é um fato, pois quando você se conhece, você permite que as suas emoções não dominem as suas atitudes e consegue reconhecer padrões repetitivos de comportamento.
Uma excelente forma de conseguir desenvolver essa habilidade é através da meditação.
Nas pausas do trabalho, procure fechar os olhos e praticar o mindfulness para reconhecer a causa da sua ansiedade e estresse no momento, sempre focando no presente. Experimente: saiba aqui como praticar a Meditação Mindfulness!
Outra forma importante de se autoconhecer é fazendo um processo terapêutico. Conheça aqui as Terapias Holísticas do Guia da Alma!
2. Use a psicologia positiva, e não a positividade tóxica!
Não se force a estar feliz o tempo todo.
Através do autoconhecimento é possível identificar e analisar as próprias emoções, o que te fará entrar em contato com emoções negativas – e isso não precisa ser um problema!
Saiba perceber as próprias emoções e sentimentos, sem se sentir dominado por eles e respeite o seu tempo para lidar com seus conflitos internos.
Tende retirar o melhor aprendizado de cada situação, olhando para elas de maneira mais positiva.
3. Desenvolva a sua comunicação
Você já deve ter ouvido a máxima onde para ser um bom falante é preciso ser um bom ouvinte, certo?
Isso nunca foi tão verdade quando colocado dentro do ambiente de trabalho.
Desenvolva a sua habilidade de se escuta e paciência para conseguir se expressar melhor, com mais calma e confiança.
Um bom ouvinte consegue ter mais empatia, conseguindo criar uma conexão real diante de uma comunicação efetiva dentro da empresa.
Como promover o desenvolvimento da inteligência emocional nas empresas? 4 dicas para RHs!

Foto: Rawpixel
Chegou a hora de ver as dicas de como o RH pode interferir para desenvolver a IE em sua equipe de colaboradores.
1. Feedbacks
O colaborador sente-se valorizado e reconhecido quando os líderes demonstram interesse pelo seu trabalho.
Dê e receba feedbacks constantes, sempre com críticas construtivas, gerando o diálogo entre as duas partes de maneira saudável e responsável.
2. Estabeleça o diálogo constante
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard juntamente com a de Michigan e Boston e publicada no Linkedin, os trabalhadores com a capacidade de comunicação desenvolvida geram um retorno sobre o investimento (ROI) de mais de 200% nas contratações.
É importante que a comunicação sempre aconteça entre todas as partes da empresa, de maneira respeitosa, com uma gestão responsável e emocionalmente inteligente, para que não haja conflitos e os resultados sejam positivos.
O gestor deve estar atento aos problemas de seus trabalhadores, para que eles se sintam ouvidos e compreendidos.
Você também pode realizar palestras sobre saúde mental e fomentar o interesse em seus colaboradores pelo autoconhecimento.
3. Mapeamento de perfil comportamental
Cada pessoa tem um perfil comportamental, que faz sua forma de trabalhar, pensar e agir serem únicas.
Através dessa ferramenta, o colaborador recebe um relatório eficaz com os seus comportamentos e motivações que possam, na prática, promover exercícios de autoconhecimento e empatia bem direcionados.
Através do mapeamento comportamental é possível ter uma maior noção sobre as características dos colaboradores para a realização de feedbacks e avaliações mais completas e assertivas para que haja o sucesso profissional de sua equipe.
4. Treinamento de liderança
Líderes com inteligência emocional, gerem equipes de maneira mais saudável e sustentável.
Efetuar o treinamento de lideranças para saber como lidar com seus desafios profissionais e de seus liderados, com saúde, fortalecimento e inteligência emocional, tem se mostrado cada vez mais essencial.
Gostou das dicas? Conheça nossos Programas de Saúde Mental para Empresas e leve mais Inteligência Emocional ao seu time 🙂
No Guia da Alma você encontra:
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